terça-feira, 20 de maio de 2014

Aula de Artes

Aula de Artes trabalha o desenvolvimento da criatividade artística do aluno

Os professores poderão usar o conteúdo desta aula com alunos do Ensino Fundamental

Arte: Exercícios de Criatividade
Série: 8º e 9º Ano – Ensino Fundamental
Duração: 2 aulas
CONVERSAÇÃO:

No quadro, o professor escrever as seguintes palavras:

CADEIRA
TRAVESSEIRO
BRINQUEDO

Em seguida, pergunta: Que usos desses objetos podem ser feitos, que não sejam: sentar, encostar a cabeça para dormir e brincar?

Naturalmente, uma avalanche de ideias ocorrerá, não antes de um momento importante de reflexão, em que os alunos deverão ser ainda mais estimulados.

ARGUMENTAÇÃO:

Após a divulgação do conhecimento sobre as inteligências múltiplas, de Gardner, houve no mundo educacional o fortalecimento de que a criatividade como caminho para a expressão artística, mais do que algo inato ao ser humano, pode ser estimulada no dia a dia, sobretudo no ambiente escolar. Desse modo, esta aula de Arte pretende investigar de maneira prática e ao mesmo tempo lúdica o processo de criação artística e suas possibilidades.

Conteúdos:

Criatividade; Pensamento Artístico; Expressão Artística.

APLICAÇÃO:

Após a tempestade de ideias iniciais, o professor faz uma explanação sobre o uso da criativamente no pensamento e na expressão artísticos, de forma que os estudantes compreendam que os grandes artistas nem sempre realizam seus trabalho por pura inspiração ou dom, mas, muitas vezes, porque se preocupam alimentar a criatividade de diversas formas, como, por exemplo, através do uso incomum de objetos cuja função todos estão acostumados que deveria ser delimitada. Isto acontece na música, na poesia, nas esculturas, na literatura e em muitos outros casos. Em seguida, o professor sugere que os estudantes façam um relato escrito sobre obras de artes que eles conhecem e apresentem quais os principais elementos de criatividades os autores colocaram em sua obra.

ATIVIDADES LÚDICAS

Desafiar os estudantes a promoverem uma mostra artística utilizando elementos do cotidiano e apresentando-os de maneira inusitada, tendo oportunidade de observar, assim, a reação das pessoas ao virem a exposição e conversar com elas sobre a construção do processo criativo.

 http://revistaacene.com.br/aula-de-artes-trabalha-o-desenvolvimento-da-criatividade-artistica-do-aluno/

domingo, 11 de maio de 2014

Projeto : Cantinhos - Jogos Lùdicos .

OBJETIVOS
-Desenvolver a autonomia, a organização e a
 integração dos alunos;
- Promover a responsabilidade com o ambiente;
- Desenvolver a tolerância e a partilha;
- Aprimorar a orientação espacial, a
 coordenação viso motora e a coordenação
 motora fina;
- Vivenciar o aprendizado da classificação.
- Oportunizar o conhecimento de diferentes
 linguagens artísticas;
- Estimular a criatividade;
- Incentivar a apreciação de uma leitura
 prazerosa;


JUSTIFICATIVA
•Necessidade de adequação ao Ensino de nove anos.

•Resgate da brincadeira, da fantasia, da movimentação, da
 integração e da comunicação como ações essenciais para
 toda criança.

• Exercitar diferentes habilidades, em novos espaços
 como a escola, contribuindo para o desenvolvimento,
 não apenas escolar, mas também do aluno como
 indivíduo.

METODOLOGIA
•As atividades começaram no início do ano letivo,
fazendo parte da rotina das crianças;
• Organização do espaço da sala
•Apresentação dos materiais e atividades
desenvolvidos no projeto;
•Conversa acerca das regras de utilização dos objetos
• Outros aspectos abordados: manutenção,
cuidado com os objetos e com os espaços, e
compreensão das normas de comportamento
durante toda a rotina;

MATERIAIS
• Folhas de sulfite branca e colorida;
• Papéis coloridos de diversas texturas;
• Pintura a dedo e canetinhas;
• Cola, tesoura e lápis;
• Figuras geométricas para a composição de imagens;
• Massa de modelar e argila;
• Blocos de montar; quebra-cabeças;jogos de
memória;
• Alfabeto;
• Miçangas;
• Livros de literatura infantil, revistas e gibis.

RESULTADOS
Os alunos estão mais seguros e confiantes na
execução das tarefas solicitadas no dia a dia
escolar.


http://www.parceirosdaeducacao.org.br/boaspraticas/uploads/cantos__ee_maria_alice__versao_final_1348595492.pdf



Projeto sobre inclusão social na escola !

Educando e caminhando: construindo percepções acerca da inclusão do aluno com deficiência na escola.


Projeto

Tema

Educação Especial

Título

Educando e caminhando: construindo percepções acerca da inclusão do aluno com deficiência na escola

Público alvo

Alunos do ensino fundamental e médio

Duração do projeto

8 aulas

Resumo

Através do presente proposta de trabalho pretende-se possibilitar a percepção das dificuldades, capacidades e possibilidades dos alunos com deficiência promovendo e facilitando a interação e evolução deste aluno na escola.

Área de Atuação

Ensino Fundamental
Ensino Médio


Objetivo geral:

Trabalhar a socialização, humanização e orientar alunos e professores sobre a importância da inclusão escolar, incentivando-os a assumir uma postura mais ativa diante do processo inclusivo, contribuindo para o desenvolvimento e construção da autonomia da pessoa com deficiência.


Objetivos Específicos:

  • Favorecer a cooperação e envolvimento entre os alunos com e sem deficiência e os demais profissionais da escola.

  • Sensibilizar os alunos sobre as dificuldades e potencialidades das pessoas com deficiência.

  • Promover a interação da pessoa com deficiência e o meio no qual está inserida.

  • Desenvolver possibilidades interação, socialização e construção do conhecimento, de forma a favorecer a aprendizagem e construção da autonomia de pessoas com deficiência na realização de atividades comuns.

  • Promover aceitação da diversidade evitando comportamentos preconceituosos comumente percebidos na sociedade



Metodologia:

  • Apresentação do tema com esclarecimento de conceitos
  • Exibição de vídeo sobre o tema
  • Oficinas aplicadas com a intenção de promover vivências, reflexões e transmitir informações sobre as deficiências.
A pessoa com deficiência deve ser considerada como um ser integral e, portanto devem-se valorizar suas capacidades e potencialidades. Através de oficinas, buscaremos conscientizar, aguçar os sentidos, resgatar a afetividade e os diversos sentimentos essenciais ao cuidado e atendimento à pessoa com deficiência, como respeito, confiança, incentivo, afeto,  entre outros.
Na oficina sobre Tecnologias Assistivas e sites de inclusão haverá esclarecimentos, demonstração e sugestões de como utilizar as tecnologias no processo educacional de pessoas com deficiência. O professor deve aproveitar a oportunidade para demonstrar ou citar os recursos de informática adaptados que são utilizados por pessoas com deficiências para a execução de tarefas escolares e para interagir com o mundo. O computador é mais que uma ferramenta de apoio, é um instrumento instigante  de comunicação e aprendizagem que deve ser explorado de forma a incentivar a autonomia da pessoa com deficiência.


Recursos Didáticos

  • Vídeo (Sugestão: Vídeo: Verdadeiro Mujeron)
  • Música (Sugestão: Natureza Distraída - Toquinho)
  • Computadores
  • Alimentos e objetos para oficina de estimulação sensorial
  • Lápis, caneta, borracha, caderno


Avaliação

A avaliação ocorrerá sistematicamente, durante todo o processo através da participação e envolvimento do aluno.


Desenvolvimento das atividades

  • 1º Momento: 2 aulas

Apresentação e discussão sobre o tema

- Colocar a música (Sugestão: Natureza Distraída - Toquinho). Pedir que os alunos ouçam a música com atenção e logo após abrir discussão a cerca das interpretações de cada um sobre a música em relação ao tema proposto;

- Exposição sobre o tema com esclarecimento de conceitos e aspectos que envolvem a inclusão;

- Pedir que os alunos relatem experiências e convivências com pessoas com deficiência.

Letra da Música: Natureza Distraída
Composição: Toquinho / Elifas Andreatto

Como as plantas somos seres vivos,
Como as plantas temos que crescer.
Como elas, precisamos de muito carinho,
De sol, de amor, de ar pra sobreviver.
Quando a natureza distraída
Fere a flor ou um embrião,
O ser humano, mais que as flores,

Precisa na vida
De muito afeto e toda compreensão


  • 2º Momento: 2 aulas

Oficina de estimulação sensorial

  1º - Pedir aos alunos que fiquem sentados em circulo, vendar os olhos de todos e comentar sobre como o deficiente visual percebe o mundo a sua volta.

 2º - Entregar objetos diversos aos alunos e pedir que identifiquem através do tato.  Todos os alunos devem tocar todos os objetos.

3º -  Distribuir alimentos para degustação  (frutas, chocolate, pipoca, açúcar, pó de café, salgadinhos, etc.) e solicitar que identifiquem através do gosto, cheiro, etc. (os alimentos maiores devem ser picados antes de serem distribuídos aos alunos).

4º -  Pedir aos alunos que formem duplas e solicitar que um deles tire a venda dos olhos.  O aluno sem venda deverá guiar o colega vendado por um percurso a ser definido pelo professor. As duplas deverão seguir em silêncio, devagar e em fila para evitar contratempos e acidentes. Sugere-se percorrer os ambientes internos á escola (pátio, quadra, corredores, biblioteca, cantina, etc.). Pedir que os alunos vendados identifiquem o local.

5º - Retornar a sala de aula, pedir que todos tirem as vendas e abrir discussão sobre as sensações obtidas durante todo o processo.  
           

  • 3º Momento: 2 aulas

Exibição de vídeo e realização de debate sobre terminologias e deficiências

- Vídeo: Verdadeiro Mujeron (tempo: 00:05:28)
(Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YCU8mto9Ml0)

- Discussão breve sobre o vídeo exibido;

-  Explicação sobre as terminologias utilizadas para identificar as pessoas com deficiência.
   Texto para o professor: Terminologia Sobre Deficiência na Era da Inclusão
   (Disponível em:  http://www.cepde.rj.gov.br/terminologia_ppds.doc)

- Solicitar aos alunos que redijam uma redação expondo seu pensamento sobre Inclusão de pessoas com deficiência na escola regular. Esta atividade permitirá que o professor tenha uma visão sobre as atitudes, pensamentos, conceitos e pré-conceitos de seus alunos.


  • 4º Momento: 2 aulas

Oficina sobre Tecnologias Assistivas e Sites de Inclusão

1º - Conceituar Tecnologias Assistivas e explicar suas funções (informações: http://www.assistiva.com.br/     ou       http://www.assistiva.org.br/ );

2º - Demonstrar exemplos de Tecnologias Assistivas, utilizar imagens, fotografias e objetos (cadeira de rodas, mouse e teclado adaptado, próteses, pranchas de comunicação alternativa, ponteiras, adaptador de vaso sanitário, etc.);

3º - Levar os alunos a um laboratório de informática ou disponibilizar computadores para uso. Distribuir os participantes de  acordo com o número de computadores. Apresentação  e demonstração de sites de inclusão:

- Bengala legal: http://www.bengalalegal.com/
- Braille Virtual: http://www.bengalalegal.com/
- Feito com os Pés: http://www.feitocomospes.com/
- LIBRAS - Dicionário da Língua Brasileira de Sinais:
 http://www.acessobrasil.org.br/libras/

4º - Pedir que os alunos naveguem pelos sites e auxiliem os colegas com deficiência caso seja necessário.

5 º - Finalizar a oficina com discussão breve sobre os novos conhecimentos e experiências adquiridas.




















Referências:

Brincar para todos. Secretaria de Educação Especial/MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf

Portal de ajuda Técnicas. Secretaria de Educação Especial/MEC. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ajudas_tec.pdf

Documento subsidiário á política de inclusão. Secretaria de Educação Especial/MEC.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/docsubsidiariopoliticadeinclusao.pdf

Escola Viva: Garantindo o acesso permanência de todos os alunos na escola – Sensibilização e convivência. Secretaria de Educação Especial/MEC.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/sensibilizacao.pdf

SASSAKI, Romeu K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Disponível em: http://www.cepde.rj.gov.br/terminologia_ppds.doc   

Tecnologia Assistiva. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/

Portal Nacional de Tecnologia Assistiva. Disponível em: http://www.assistiva.org.br/




 

Sarau Infantil .

Objetivos 
- Ampliar o repertório de poesias conhecidas pela turma. 
- Utilizar a linguagem oral, adequando-a a uma situação comunicativa formal. 

Conteúdo 
- Comunicação oral. 

Anos
Pré-escola. 

Tempo estimado
Dois meses.  

Material necessário 
- Filmadora
- Caixa de papelão
- Aparelho de som
- CD A Arca de Noé - Vols. 1 e 2 (vários intérpretes, 
Universal Music Brasil, 16 reais)
Livros
- A Arca de Noé (Vinicius de Moraes, 64 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. 11/3707-3500, 46,50 reais)
- Poemas Desengonçados (Ricardo Azevedo, 56 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 26,90 reais)
- Mais Respeito, Eu Sou Criança (Pedro Bandeira, 80 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172-002, 29,50 reais)

Flexibilização 
Para ampliar a capacidade de comunicação e expressão de crianças com deficiência auditiva e auxiliá-las a utilizar libras, posicione as crianças em semicírculo no momento da leitura, para que visualizem o educador, os colegas e o intérprete. É importante que todos falem, um de cada vez, para facilitar a compreensão. Apresente os autores por meio de fotos e estimule a criança a declamar, em libras, poemas que já conhece. Você também pode declamar algumas poesias para servir como modelo de leitor. Explique a todos as etapas do projeto e apresente uma nova poesia às crianças a cada dia. Peça à criança surda que observe a expressão facial e os movimentos do corpo do intérprete quando este estiver declamando. Proponha que a criança leve um bilhete para casa pedindo que os pais escrevam uma poesia para ser apresentada aos colegas. Incentive a criança surda a participar da confecção da "caixa mágica" e explique que ali serão colocadas as poesias e os livros utilizados no projeto. Apresente à criança a poesia que ela irá declamar junto com dois ou três colegas. Convidar um surdo adulto para declamar na sala em libras para que a criança tenha outros exemplos também é uma boa alternativa. Filme a criança surda declamando com o seu grupo e num segundo momento retome o vídeo para que juntos possam ver o que precisa ser melhorado. No dia do sarau, é interessante que a poesia que será declamada em libras seja lida para a plateia. Registrar todos os avanços da criança é fundamental.

Desenvolvimento
1ª etapa 
Pergunte quais poemas as crianças conhecem e estimule-as a declamar. Convide-as a conhecer outros, mostrando os livros selecionados. Leia em voz alta alguns deles, caprichando na entonação. Compartilhe a ideia de organizar um sarau de poesia e convidar os pais para assistir ao evento. Explique que para isso é preciso conhecer vários poemas e aprender a declamá-los.

2ª etapa 
Apresente algumas faixas do CD de poesia musicada para familiarizar a turma com o gênero.

3ª etapa 
Leia para os pequenos todos os dias os livros escolhidos para o projeto. Converse com eles sobre as poesias e como se deve declamar, cuidando da entonação e da altura da voz, para que o público compreenda e ouça com clareza o que for dito. Como tarefa de casa, oriente que peçam aos pais para recitar e registrar por escrito poemas e versinhos que apreciem. Use a caixa de papelão para guardar os textos poéticos fornecidos pelos pais, os livros e o CD.

4ª etapa 
Leia a poesia Bola de Gude, do livro Poemas Desengonçados, chamando a atenção da turma para a entonação, dicção e altura da sua voz. Proponha que a recitem coletivamente. Repita o procedimento com outros poemas. Use a filmadora para gravar esses momentos.

5ª etapa 
Exiba o vídeo para que as crianças possam analisar como estão se saindo e em que precisam melhorar. Ajude-as apontando o que estiver adequado também.

6ª etapa 
É hora de selecionar o que será apresentado no sarau. Pergunte às crianças quais são os textos prediletos delas e decidam se as declamações serão feitas individualmente, em duplas, trios ou grupos maiores. Convide as famílias para o evento.

7ª etapa 
Ensaie com a turma os poemas. Filme novamente e exponha as imagens para que todos possam se aperfeiçoar. 

Produto final 
Sarau infantil. 

Avaliação 
Observe e registre o avanço das crianças no que se refere à apropriação na forma de se expressar em situações de comunicação formal.
Consultoria 
Adriana Sobhie
Diretora da Secretaria Municipal de Educação de Tupã, SP
Roseli Piveta Bonilha
Coordenadora da EMEIEF Nossa Senhora de Fátima, em Tupã, SP.
Flexibilização Ana Paula Húngaro Monteiro de Souza
Professora da EMEIEF Nossa Senhora de Fátima, em Tupã, SP


Referencias:



Reportagem .


Bullying, um crime nas escolas
Crianças e adolescentes isolam, insultam, agridem colegas e expõem uma realidade alarmante: pais e colégios não sabem como lidar com agressões que começam cada vez mais cedo
CARINA RABELO


O termo é estranho, mas o significado é bem conhecido. A palavra bullying se refere às agressões e humilhações praticadas por um grupo de estudantes contra um colega, algo até comum no dia-a-dia escolar, mas que está longe de ser considerado normal. São xingamentos, ofensas, constrangimentos ou agressões físicas que geram angústia, sofrimento e podem causar danos psicológicos imensuráveis nas vítimas. Essas agressões, que costumavam aparecer na adolescência, estão sendo detectadas entre crianças, cada vez mais cedo. Tanto nas escolas públicas quanto nas particulares, onde os altos muros que as separam do mundo externo, em vez de protegê-las dos perigos “de fora”, muitas vezes alimentam atos ainda mais violentos cometidos do lado “de dentro”, uma vez que os pais não costumam levar as ocorrências às delegacias.
Diante da prática disseminada, no dia 8 de agosto, a Justiça brasileira proferiu uma decisão inédita. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou uma escola particular de Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, a indenizar em R$ 3 mil a família de um garoto de dez anos que sofreu diversas agressões por um grupo de cinco alunos. Yan tinha sete anos quando se mudou do município de Águas Lindas para a cidade. “Queria que o meu filho tivesse acesso a uma educação de qualidade. Não havia boas escolas onde morávamos”, diz a mãe, Rosemeire Rodrigues. Empolgado com a nova escola e assíduo nas aulas, o menino aprovou imediatamente a escolha.
Dois meses depois, sem nenhum motivo aparente, começou a demonstrar desinteresse pelo colégio. “Ele estava em pânico e dizia que não queria ir às aulas, mas não falava o porquê”, lembra Rosemeire. No mês seguinte, Yan não conseguiu mais esconder a verdade dos pais. Ele chegou em casa com a mão perfurada e foi obrigado a contar o que havia ocorrido. Dois garotos seguraram o menino enquanto um terceiro pregou a sua mão na parede da casinha de boneca do colégio. “Fui na escola e a diretora disse que era coisa de menino, que tinha sido uma brincadeira, mas que não iria se repetir”, conta a mãe. A promessa da diretora não se cumpriu. Poucas semanas depois, Yan chegou em casa vomitando e disse que havia comido algo estragado. Desconfiada, a mãe exigiu a verdade e, estarrecida, soube que o menino havia tomado sucessivos socos na barriga de cinco garotos do colégio e que eles ainda haviam tentando enforcá-lo. A escola nada fez.Rosemeire decidiu transferir o filho para outra instituição de ensino, mas não conseguiu vaga. Desesperada, pediu licença do trabalho para cuidar pessoalmente da segurança do menino. “Ficava escondida atrás da cerca do colégio para ter certeza de que nada aconteceria com ele”, conta. Quando pensou que o problema estaria resolvido, voltou ao trabalho e o pior aconteceu. Os garotos pegaram Yan desprevenido e esfregaram o rosto dele no chão e furaram o seu pé. Yan não voltou mais à escola. A mãe decidiu ir à delegacia de proteção à criança e ao adolescente e prestar queixa. “O policial me disse que dificilmente aquelas crianças seriam punidas e recomendou que eu entrasse com um processo na Justiça contra a escola”, conta Rosemeire.
O pedido foi indeferido na 1ª instância, sob o entendimento de que se tratava de “coisa de criança”. Rosemeire não desistiu e recorreu. Por unanimidade, a Justiça condenou a escola por negligência. “Jamais desistiria de fazer justiça para o meu filho”, conta a mãe, que lidera uma campanha de combate à violência nos colégios do País. Além da escola, que, como prestadora de serviço, tem o dever de zelar pela integridade física e psicológica dos alunos, o pai do agressor também pode ser punido, mesmo que não tenha conhecimento dos atos do filho. “É como um jovem que rouba a chave do carro do pai e atropela uma pessoa. O pai responde a um processo civil. Não é porque se trata de um menor que haverá impunidade”, diz o defensor público Ruy Cruvinel Filho, que assumiu o caso na Justiça.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) revela que 28% das crianças brasileiras já foram vítimas de bullying nas escolas e 15% sofriam agressões todas as semanas. Dados do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar, que acompanha pesquisas em ao menos oito cidades do País, revela que 45% dos estudantes de ensino fundamental do País já foram vítimas, agressores ou ambos. Nos Estados Unidos, segundo levantamento da instituição Health and Human Services, 30% das crianças entre seis e dez anos sofrem bullying a cada ano. No ano passado, um grupo de 30 pesquisadores europeus lançou um documento de alerta para autoridades e cientistas, apontando que atualmente 200 milhões de crianças e jovens são vítimas da prática em todo o mundo. A expressão, que significa tiranizar, amedrontar e brutalizar, nasceu do termo inglês ‘Bull’ (valentão, tirano e brigão). Pode começar com um tapa na orelha, um xingamento ou uma piada de mal-gosto, e partir para tapas, socos na barriga, pontapés e todo o repertório de agressões comuns às gangues de bairro.

O fenômeno, típico das escolas americanas, se tornou uma realidade no Brasil a partir da década de 90 no ensino privado. A prática, considerada por muitos diretores de escola como “briguinha de criança” expõe a crueldade precoce dos menores e a omissão dos dirigentes da instituição, professores e pais no trato com o problema. A escola finge não ver para preservar a imagem dos alunos, das famílias ou o nome do colégio. A falta de informação colabora com a perpetuação das “pequenas” crueldades. Normalmente, os pais são os últimos a saber que o filho está sendo agredido na escola, local onde ele deveria estar seguro.
Qual o perfil da vítima e do agressor? A psicopedagoga Maria Irene Maluf adverte para os padrões de comportamento. “Normalmente, a vítima tem um quadro de baixa auto-estima. O “cabeça” do grupo de agressores é o mais inteligente e nem sempre é o que bate. Os que agridem são meninos que têm necessidade de aceitação no grupo e temem ser a próxima vítima. Dificilmente teriam coragem de agredir sem a orientação do líder”, afirma. As meninas tendem a praticar o terror psicológico e a manipulação contra as colegas. Os meninos tendem a se autoafirmar pela força física e partem para a agressão contra os demais. Reféns do jogo de poder, raramente as vítimas contam aos pais o que está ocorrendo para evitar uma possível retaliação dos agressores, por temer ameaças à própria família ou para não serem vistos como o filho frágil em casa. Foi por medo de decepcionar os pais e sofrer agressões ainda mais violentas pelos colegas que um garoto de dez anos silenciou mesmo sendo vítima constante de bullying no colégio Rio Branco, um dos mais tradicionais de São Paulo. As agressões ocorriam dentro e fora da sala de aula. Começaram de forma sutil, com golpes com régua e flauta e o chamado “pedala”, que é o tapa na orelha.

Como as agressões não foram devidamente contidas e reprimidas pelos professores, inspetores e pela orientadora, elas se tornaram mais violentas, chegando aos pontapés. Intimidada pelo grupo, a vítima perdeu a capacidade de reagir. Ao tomar conhecimento do fato, a direção chamou as crianças agressoras, que confirmaram a prática de bullying sem que houvesse qualquer razão. Em seguida, seus pais foram convocados. Alguns caíram em prantos e outros se revoltaram ao saber que a escola não estava coibindo adequadamente desvios de conduta dos seus próprios filhos. Em relação à vítima, o que se colocou foi um pedido de desculpas, a promessa de um trabalho para fortalecê-la e a sugestão – e não oferta – de apoio psicológico. “Não cogitamos a expulsão dos agressores mesmo que o fato se repita. São crianças muito novas. Acreditamos que medidas educativas podem resolver a situação”, afirma Esther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco, que não soube dizer por que a diretoria da escola não tomou conhecimento das agressões quando elas aconteceram.
Casos de bullying também já ocorreram em outras escolas tradicionais de São Paulo, como o colégio São Luís, Santo Américo, Notre Dame e Santa Maria, que adotaram programas de prevenção e conseguiram coibir a prática. “O importante é detectar o bullying quanto antes para que seja possível intervir cedo, procurar as famílias dos agressores e do agredido e aplicar as sanções disciplinares”, afirma Cesar Pazinatto, coordenador pedagógico do ensino fundamental do colégio Santo Américo, que providenciou a separação dos alunos envolvidos no fato. Denúncias da prática têm chegado às Varas da Infância e da Adolescência. Mas isso ocorre com mais freqüência nas agressões ocorridas em escolas públicas, onde a tutela do Estado é direta. Muitas escolas particulares abafam os casos por medo de perder clientes. Outro aspecto preocupante é que muitas instituições de classe, ao sugerir apoio psicológico, tentam reforçar a tese de que crianças agredidas podem ter uma propensão a isso – como se o problema estivesse na vítima e não na instituição. É um mecanismo sutil de os colégios se distanciarem do problema. “As escolas tendem transferir a culpa para a família e vice-versa. Não adianta os pais colocarem a culpa nas más companhias e o colégio dizer que é o aluno que não sabe se defender e que a culpa é dos pais”, pondera a psicopedagoga Maria Irene.
Mesmo que a prática seja coibida nas escolas, os danos podem ser irreversíveis à criança. “O trauma permanece e gera uma baixa auto-estima no menor, que leva cerca de três anos para se recuperar. Algumas nem se recuperam”, alerta Maria Irene. Entre as conseqüências do pós-bullying, estão danos à capacidade de aprendizado, que pode se tornar superficial, dificuldades de concentração nas tarefas escolares – a criança pode ficar preocupada com a abordagem de agressores a qualquer momento – e um permanente complexo de perseguição, que pode se expandir para todas as áreas da sua vida. A omissão das escolas na solução dos problemas torna os casos cada vez mais graves. E, quando eles explodem, são erupções vulcânicas que causam um efeito perturbador em toda a instituição. Abalam as famílias das vítimas e também dos agressores.
Com as novas tecnologias, outra modalidade de bullying está se popularizando. Os agressores mandam torpedos e e-mails ofensivos para a vítima, fazem trotes, colocam vídeos no YouTube com imagens dela sendo espancada na escola e lançam calúnias no Orkut e em blogs. Como não é fácil serem identificados, os agressores se sentem livres para praticar a crueldade online. Em novembro do ano passado, o YouTube ganhou o Beatbullying, um canal de combate à prática. A página tem vídeos de celebridades, jovens e escolas que falam sobre o assunto. Nos Estados Unidos, um projeto de lei da Califórnia prevê a expulsão dos alunos que praticarem o cyberbullying contra os colegas. Assim como o bullying tradicional, o cyber também deve ser denunciado às autoridades nas delegacias tradicionais ou nas especializadas em crimes eletrônicos. Com autorização judicial, os agressores podem ser identifi- cados. É preciso dar um basta para que os agressores juvenis de hoje não se tornem os criminosos de amanhã.



sábado, 10 de maio de 2014

FEIRA DE CIÊNCIAS.

Planejamento de feira de ciências.

Exposição = aquilo que o público verá
Trate de organizar o conteúdo da exposição de maneira que faça sentido para os espectadores que saibam menos que você. Nossas sugestões englobam muitos temas do universo de idéias, porém, não fecham o assunto. Contamos com seu bom senso para nos auxiliar na tarefa de mostrar aquilo que o público deve ver.
Ao se aproximar do local onde você expõe, o visitante quer ver um Título, algum nome que explique muito rapidamente de que se trata.
Esse título, deve ser curto, o menos técnico possível, o mais chamariz possívele o mais visível de todos os textos apresentados. Na parte da estrutura (8.2) vamos sugerir um excelente local para esse Título. Esse título principal, pode ser explicado, ampliado ou comentado mediante um subtítulo.
Depois que o visitante se interessou pelo seu Título, ele se aproxima mais e vê o subtítulo. Aí ele quer saber, sem muita 'enrolação', o Resumo ou apresentação do problema. Isso pode estar escrito de um modo muito claro, ou pode ser apresentado a viva voz . Você deve dar ao espectador uma explicação condensada do projeto e de sua importância. Pode ser, sem incluir a linguagem técnica que não tenha sentido para o visitante, aquilo que está escrito em seu Folheto Explicativo. Essa primeira explicação deve ser muito simples. Só a aprofunde se perceber que o visitante está solicitando algo mais. Aí pode ir fundo!
Suas hipóteses e conclusões devem ser expostas de maneira compreensível para o espectador médio. Para os mais interessados, apresente seu folheto explicativo e comente-o de modo a despertar o interesse pela sua posterior total leitura. Não espere que o visitante leia-o na sua frente, ele tem muito mais coisas a ver pela frente. Apenas deixe-o interessado. Ele poderá ser um futurofã da ciência.
Durante sua apresentação do trabalho, se possível, mostre detalhes a respeito do seu método e profundidade de investigação. Exponha somente os aspectos que se destaquem e chame a atenção para os pormenores que, em sua opinião, dão mostras de imaginação, engenhosidade ou criatividade.
Quanto às suas observações e dados, ambos são importantes porém, numa exposição o excesso de dados pode resultar cansativo. Quando possível, apresente somente aqueles que são indispensáveis para uma explicação muito breve de seu projeto.
Um fator que deve ser muito bem pensado em sua apresentação inclui as fotografias e ilustrações. Passe em revista os fatores anteriores para decidir em que casos as fotografias possam ser mais elucidativas que os textos ou esquemas simples. Faça uma lista de todas as fotos que poderão participar do seu 'stand' (boxe, nicho, local específico onde se fará a apresentação), assim como de todos os desenhos e ilustrações que você poderá usar nas suas explicações. Não selecione nada, por enquanto. Mais adiante, ao projetar a distribuição, a limitação do espaço o obrigará a decidir pela melhor seleção.
Equipamento e amostras também contribuem para a boa explicação do tema do projeto. Escolha objetos, aparelhos, equipamentos e amostras que dêem aos espectadores uma imagem clara de seu trabalho.
O visitante deve ficar consciente daquilo que você pretende. Tudo que você está tentando fazer é transferir a idéia já trabalhada que está em sua cabeça, para o espectador. Isso nem sempre é fácil e, em termos de ciência, a coisa pode complicar-se ainda mais, por requerer conhecimentos anteriores acumulados pela vida estudantil.
equipamento científico é, além de um auxiliar visual, o instrumento de produção do fenômeno básico de seu tema.  

Aula Fora.

Professores levam aula para fora da sala


Estratégia desperta curiosidade em alunos e melhora aprendizado

Para alguns alunos, estudar sem visualizar aplicação prática de uma matéria pode tornar o assunto incompreensível. Isso pode, por vezes, até criar uma resistência nos alunos que dificulta a fixação do conteúdo. Com o intuito de ajudar os estudantes a compreenderem onde se encaixam cada uma das teorias e fórmulas estudadas nos livros, alguns professores deixam a ortodoxia de lado e buscam, fora das salas de aula, maneiras de passar o conteúdo e obter respostas positivas dos jovens. 
Essa foi a estratégia usada pelo professor de Física do cursinho Anglo, Harley Sato. "Levamos nossos alunos para um parque de diversões e, ao chegarmos, damos uma aula de 50 minutos sobre as sensações causadas pelos brinquedos e como a Física explica cada uma delas. Depois da aula, eles ficam livres para passarem o resto do dia nos brinquedos", explica Sato. O professor afirma que o projeto de explicar conceitos da Física num parque de diversões surgiu por ser um local atrãnte para os jovens. "Uma boa maneira de explicar a Física aos estudantes é quando eles fazem parte dos experimentos, o que acontece quando estão dentro dos brinquedos", comenta.
Ver os experimentos pode funcionar como uma outra boa maneira de entender o conteúdo estudado. A coordenadora de monitoria da Estação Ciência da USP (Universidade de São Paulo), Edelci Nunes da Silva, afirma que os visitantes têm boa recepção dessa forma de passar o conhecimento. "Além de ter a oportunidade de ver a experiência ocorrer, os monitores explicam cada um de seus passos. Os visitantes geralmente se sentem mais interessados pelo estudo".
Apesar do estímulo que o estudo por meio do uso de locais alternativos proporciona, Sato reconhece que visitar lugares onde é possível aprender na prática não muda a postura dos alunos quanto a gostar ou não de uma matéria. "Porém, a prática desperta a curiosidade dos estudantes. Queremos mostrar a eles a importância do estudo. Para uma nação ser bem sucedida e ter uma alta qualidade de vida é preciso investir em tecnologia", declara o professor de Física.